10/01/2009

#61

Estou Jorge, fala a Elisabete. Eu nem sei bem o que dizer, está bem que ela tem razões de queixa de mim por causa de umas coisas que eu fiz. Também está certo que não devia ter tentado aproveitar-me da tua quase paralisia, mas olha estava com as vontades e tu estás ali muito à mercê de quem te visita.
Olha que o enfermeiro rabeta é menina para fazer a mesma coisa, de te apanhar a jeito e resolver tratar-te da algália. Esse mesmo enfermeirinho que ainda ajudou a Maria do Carmo a expulsar-me lá de casa, naqueles preparos. Por causa deles fiquei sem a roupa e sem os meus sapatos novos que o meu pai me deu no Natal. Foi difícil explicar-lhe que a roupa me desapareceu do corpo e que os sapatos seguiram o mesmo caminho. Já para não falar da história que eu tive que inventar para conseguir que a loja do fundo da rua me emprestasse uma gabardine. Quem ainda me viu quase nua no meio da rua e te ia visitar foi o Samuel, aquele que escreve ou que é director da revista gay. Nunca passei vergonha maior. Maa deixa estar que eu vou tolerando tudo isto em nome do meu amor, e a mamalhuda gorda da Maria do Carmo que não pense que isto fica assim. Deixa um homem ao abandono e depois queixa-se quando alguém resolve confortá-lo. Quem vai ao mar ...

4 comentários:

Carla D'elvas disse...

é substituído :D

Lady_M disse...

já tinha saudades de te ler por aqui:)

S* disse...

Ui, telefonemas complexos esses. :P

gonçal∅ incendiàrio disse...

tenho mesmo muita pena que tenha ficado por aqui... é dos blogs mais geniais e divertidos que conheci. espero que um dia reconsidere e volte a colocá-lo em acção.